Não não dê mais tantas voltas não
Se chicoteia assim por qualquer perdão
Todo esse teatro não impressiona
Por maior que seja sua recompensa
Não se importe tanto assim
Com sua imagem decadente, enfim
Nada adianta depois se lamentar
Por maior que seja sua displicência
Volta ou vai embora meu amor
Sem ameaças ensaiadas na frente do espelho
O caminho mais fácil
Nem sempre é melhor que o da dor
Dê uma chance pra vida te mostrar
Um jeito menos doloroso de se despedir
Não seja assim tão dura com as palavras
Lave bem as suas mãos antes de se decidir
Tira essa lama das botas antes de me dar as costas
7.27.2007
Sem ar [D Black]
Meus pés não tocam mais o chão
Meus olhos não vêem minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido
O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza minha dor
Mas e depois? e quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso teu olhar
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me trás o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
Meus olhos não vêem minha direção
Da minha boca saem coisas sem sentido
Você era o meu farol e hoje estou perdido
O sofrimento vem à noite sem pudor
Somente o sono ameniza minha dor
Mas e depois? e quando o dia clarear?
Quero viver do teu sorriso teu olhar
Eu corro pro mar pra não lembrar você
E o vento me trás o que eu quero esquecer
Entre os soluços do meu choro eu tento te explicar
Nos teus braços é o meu lugar
Contemplando as estrelas minha solidão
Aperta forte o peito é mais que uma emoção
Esqueci do meu orgulho pra você voltar
Permaneço sem amor, sem luz, sem ar
Saudades
7.12.2007
O Efeito cambalhota
Vim aqui explicar hoje o efeito cambalhota. O efeito cambalhota é assim: Você começa se sentindo meio fraco, as pernas parecem que não querem te responder, começam a tremer. Você perde a força. Nesse momento você se abaixa.
Começa a suar frio, não consegue se concentrar, não entende porque estava tudo muito bem em um dia e no outro começou a sentir o mal estar, a falta de vontade de se levantar. E quanto mais você reflete mais fraco fica, então você apoia as mãos no chão. Mas ao apoiar as mãos no chão você percebe que seus braços, antes tão fortes e resistentes também não são mais como outrora. Começam a tremer tanto que mal ajudam a segurar o peso que suas pernas não aguentam mais.
E é aí que a cabeça começa a pesar. E você fica a cada momento que passa mais desesperado por não saber o que está acontecendo. E não saber é o que mata.
Você pode saber a pior coisa do Mundo a seu respeito, mas ainda assim é melhor do que não saber. A incerteza é pior do que a pior certeza. Saber que você vai morrer em 1 mês é ruim. Mas pior é não saber, é não ter certeza. É ter aquela estranha e angustiante desconfiança de que tem algo errado e não saber ao certo. É sentir a presença da morte te observando detrás do poste, do muro, da árvore, mas quando você se vira você não enxerga. Ou pior, o medo não deixa com que se vire. É a incerteza, e ela é pior do que tudo.
E você está lá, abaixado, apoiando as mão no chão, sentindo sua cabeça pesar e de repente uma onda de incertezas percorre a sua mente e afoga qualquer outro pensamento. E a cabeça não pára de pesar. Se ao menos ela não pesasse tanto, você conseguiria pensar com clareza.
Se ao menos as pernas não tremessem tanto, ou os braços não estivessem tão fracos .... Mas tudo vem ao mesmo tempo e se você luta contra um sintoma os outro se fortalecem. E o Mundo é mesmo injusto, e não te deixou nenhuma chance de defesa.
E enquanto você perde seus minutos se lamentando contra o Mundo, sua cabeça pesa mais e mais. Até que você precisa apoiá-la no chão. Você não quer, você não pode, mas você precisa. Nesse momento você se despede mentalmente da vida, lembra da família, dos amigos, do bichinho de estimação que você teve quando criança e que morreu. Até pensa que de repente foi isso que ele sentiu antes de morrer, uma fraqueza que impossibilitou a sua luta pela vida. Pensa no amor perdido.
E vai cedendo com a cabeça lentamente até que ela se encontar com o chão. É ai que o inesperado acontece. Você dá uma cambalhota. E cai sentado no chão. Você está no mesmo lugar de antes, mas você se sente diferente. O processo de dor e sofrimento pelo que passou te faz diferente. E era só uma cambalhota. E você pensou que ia morrer. E se você não tivesse lutado tanto contra a vontade de dar uma cambalhota talvez o processo tivesse sido até divertido. E você começa a sentir vontade de rir, porque dar uma cambalhota pode até ser engraçado e infantil. Mas o medo da cambalhota é muito mais.
Sentado com as pernas esticadas, talvez você tenha aprendido uma boa lição. Ás vezes não adianta lutar contra tudo com todas as forças. De vez em quando é bom se deixar levar. E o resultado pode ser uma cambalhota, belissimamente executada. E tenho dito.
Começa a suar frio, não consegue se concentrar, não entende porque estava tudo muito bem em um dia e no outro começou a sentir o mal estar, a falta de vontade de se levantar. E quanto mais você reflete mais fraco fica, então você apoia as mãos no chão. Mas ao apoiar as mãos no chão você percebe que seus braços, antes tão fortes e resistentes também não são mais como outrora. Começam a tremer tanto que mal ajudam a segurar o peso que suas pernas não aguentam mais.
E é aí que a cabeça começa a pesar. E você fica a cada momento que passa mais desesperado por não saber o que está acontecendo. E não saber é o que mata.
Você pode saber a pior coisa do Mundo a seu respeito, mas ainda assim é melhor do que não saber. A incerteza é pior do que a pior certeza. Saber que você vai morrer em 1 mês é ruim. Mas pior é não saber, é não ter certeza. É ter aquela estranha e angustiante desconfiança de que tem algo errado e não saber ao certo. É sentir a presença da morte te observando detrás do poste, do muro, da árvore, mas quando você se vira você não enxerga. Ou pior, o medo não deixa com que se vire. É a incerteza, e ela é pior do que tudo.
E você está lá, abaixado, apoiando as mão no chão, sentindo sua cabeça pesar e de repente uma onda de incertezas percorre a sua mente e afoga qualquer outro pensamento. E a cabeça não pára de pesar. Se ao menos ela não pesasse tanto, você conseguiria pensar com clareza.
Se ao menos as pernas não tremessem tanto, ou os braços não estivessem tão fracos .... Mas tudo vem ao mesmo tempo e se você luta contra um sintoma os outro se fortalecem. E o Mundo é mesmo injusto, e não te deixou nenhuma chance de defesa.
E enquanto você perde seus minutos se lamentando contra o Mundo, sua cabeça pesa mais e mais. Até que você precisa apoiá-la no chão. Você não quer, você não pode, mas você precisa. Nesse momento você se despede mentalmente da vida, lembra da família, dos amigos, do bichinho de estimação que você teve quando criança e que morreu. Até pensa que de repente foi isso que ele sentiu antes de morrer, uma fraqueza que impossibilitou a sua luta pela vida. Pensa no amor perdido.
E vai cedendo com a cabeça lentamente até que ela se encontar com o chão. É ai que o inesperado acontece. Você dá uma cambalhota. E cai sentado no chão. Você está no mesmo lugar de antes, mas você se sente diferente. O processo de dor e sofrimento pelo que passou te faz diferente. E era só uma cambalhota. E você pensou que ia morrer. E se você não tivesse lutado tanto contra a vontade de dar uma cambalhota talvez o processo tivesse sido até divertido. E você começa a sentir vontade de rir, porque dar uma cambalhota pode até ser engraçado e infantil. Mas o medo da cambalhota é muito mais.
Sentado com as pernas esticadas, talvez você tenha aprendido uma boa lição. Ás vezes não adianta lutar contra tudo com todas as forças. De vez em quando é bom se deixar levar. E o resultado pode ser uma cambalhota, belissimamente executada. E tenho dito.
Assinar:
Postagens (Atom)