10.19.2006

AMOR AUSENTE ( Antonio Kleber)

A emoção da lembrança pouco importa:
é resto, é cinza, é tempo remexido,
tantas vezes de fato não vivido,
que apenas nos ilude e não conforta!

Norte desencontrado, onde o sentido
revela-se exaurido e coisa morta,
aturdindo a memória e abrindo a porta
de fatos que se quer ver esquecidos!

Rumo incerto, procura indefinida,
sonhos vagos percorre o peregrino,
perdendo as horas caras do presente!

É sorte espúria a espera empedernida,
ilusão de veneno diamantino
de quem não terá mais o amor ausente!

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