10.18.2006

De mais poesia

PARA O AMOR SEM SUBSTÂNCIA

Ao rigor das saudades carrascais,
decifrando os amores sucumbidos,
vestimos carapaças de iludidos
no transitar da vida tão fugaz.

Por que valorizar amor rompido,
desejando o ser fútil, o ser sagaz,
perder tempo no que não satisfaz,
se à frente nosso amor será atendido?

A força que supera nossa escolha,
trazendo-nos sinérgicos anseios,
nasce do caos vulcânico do instinto!

Não ceder, como cede ao vento a folha;
ser rijo, relutante e sem rodeios,
para escapar da vida de absintos!

(Antonio Kleber)

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