10.26.2006

De poesia

BANALIDADES (Antonio Kleber)

No gigantismo das polêmicas banais,
onde o debate se acalora em força fútil,
a causa nobre é postergada para o inútil
e as abjetas conclusões vão pros anais!
E nesse enredo inglório e parco faz-se a história,
move-se o mundo na engrenagem do absurdo.
Enquanto vinga a fome, o crime e a dor notória,
eis o Poder rendido, cru, cínico e surdo!
Enquanto afunda o ser humano em dor pungente,
amalgamado à vida espúria da incerteza,
o congressista microcéfalo nos mente!
Dormindo a pauta da verdade sobre a mesa,
pelos quadrantes a miséria se ressente,
observando nos discursos a vileza!

Nenhum comentário: